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Cuidados Paliativos

“É mais importante conhecer o paciente acometido por uma doença do que a doença que acometeu um paciente."

Sr William Osler

  Há um momento na evolução de algumas doenças no qual os tratamentos que visam sua cura ou reversão se mostram fúteis. Uma vez atingido esse limite, os profissionais de saúde terão que reconhecer no paciente uma limitação inerente à ciência médica: a condição de seres finitos e mortais. Uma das principais atividades da Atenção Paliativa é, justamente, prestar assistência aos pacientes e seus familiares quando essa limitação terapêutica se materializa; contudo, sua eficácia aumenta exponencialmente quando sua atuação junto ao paciente se inicia bem antes do esgotamento das opções de tratamentos no âmbito curativo. (Bifulco e Caponero, 2018)

  O que vemos, no entanto, é que nenhuma área do conhecimento em saúde parece apresentar mais controvérsias e ideias equivocadas que no campo dos cuidados paliativos. Muitos os interpretam como sinônimo de "não há mais nada a fazer" ou que trata-se do abandono da esperança - e do paciente. O conjunto destas interpretações fantasiosas resulta numa assistência inadequada, propiciando o emprego da distanásia, obstinação terapêutica e tecnocracia na saúde. (Coradazzi, Santana e Caponero, 2019)

  Sua definição, se fato, indica que os cuidados paliativos é um tipo de abordagem que visa promover qualidade de vida não só aos pacientes que enfrentam doenças graves que ameaçam a continuidade da vida, mas também aos seus familiares, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, identificando e tratando problemas de ordem física, social, emocional e espiritual. (WHO, 2002) 

  Acreditamos que este seja um dos méritos do ressurgimento dos cuidados paliativos na atualidade: não formar profissionais paliativistas, mas resgatar e proporcionar um aprimoramento da formação do profissional, tornando-o apto a oferecer uma assistência digna que vá ao encontro das necessidades dos pacientes, melhorando sua qualidade de vida, otimizando a relação entre paciente-família-equipe, em qualquer fase da doença. (Bifulco e Caponero, 2016)

Referências

Bifulco VA, Caponero R. Cuidados Paliativos: conversas sobre a vida e a morte na saúde. 1ª Edição. Ed. Minha Editora. São Paulo, 2016.

Bifulco VA, Caponero R. Cuidados Paliativos: um olhar sobre as práticas e as necessidades atuais. 1ª Edição. Ed. Manole. São Paulo, 2018.

Coradazzi AL, Santana MTEA, Caponero R. Cuidados Paliativos: diretrizes para melhores práticas. 1ª Edição. Ed. MG Editores. São Paulo, 2019.

World Health Organization (WHO). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines, 2nd ed. Geneva, 2002.

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